Estes 3 documentos demonstram a importância da endoscopia, tanto no diagnóstico como no tratamento de uma variedade de pacientes, com o objetivo de inspirar o teu próximo caso clínico.
Este estudo de 2024 destaca a utilidade da endoscopia na remoção de corpos estranhos (CE) em cães e gatos. Os cinco animais incluídos no estudo foram anestesiados para a realização de uma laparotomia exploratória. Durante a cirurgia, a presença de um corpo estranho foi detetada por palpação ou observação direta. Os corpos estranhos pequenos e localizados fora do estômago foram cuidadosamente massajados de volta para o interior do estômago.
Com o abdómen ainda aberto, um endoscopista introduziu um endoscópio flexível através do cárdia até ao estômago, sob orientação do cirurgião. Utilizou-se ar para insuflar o estômago, melhorando a visualização do corpo estranho e permitindo a sua remoção. O cirurgião assistiu o procedimento estabilizando o corpo estranho contra a parede do estômago, o que facilitou uma extração mais rápida e reduziu a quantidade de ar necessária para a insuflação.
O recurso à endoscopia permite evitar muitos dos riscos associados à gastrotomia e reduzir o tempo de anestesia do paciente. Assim, a endoscopia deve ser considerada uma opção viável e, em muitos casos, preferível à gastrotomia. Este estudo reforça a ideia de que, mesmo durante uma cirurgia abdominal, é possível recorrer a técnicas menos invasivas para minimizar o trauma cirúrgico adicional.
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Este estudo aborda o tratamento do canal auditivo com secreção em cães, evidenciando como os cuidados veterinários nesta área ainda estão, muitas vezes, menos desenvolvidos em comparação com a medicina humana. O autor reconhece que, em muitos casos de otite, uma única consulta veterinária pode ser suficiente. No entanto, quando a secreção é recorrente ou persistente, é necessário adotar uma abordagem mais avançada.
É fundamental proceder a uma limpeza profunda do canal auditivo e realizar uma avaliação visual detalhada do canal auditivo profundo e da membrana timpânica. O autor sugere que a melhor forma de o fazer é através de uma bomba de irrigação e de um endoscópio, uma vez que a qualidade ótica de um endoscópio moderno é muito superior à de um otoscópio ou à observação direta. Além disso, a endoscopia facilita a remoção de corpos estranhos, como espigas de gramíneas alojadas no canal auditivo.
Este método também pode ser utilizado no tratamento da timpanoceratomatose (colesteatoma) do ouvido médio. Tradicionalmente, esta condição era tratada cirurgicamente, acedendo-se à bula timpânica para remoção ou redução da doença. Contudo, foi descrito um método menos invasivo que recorre à endoscopia.
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Este estudo descreve o caso de um cão que aspirou uma pequena quantidade de solução de lavagem com polietilenoglicol (PEG), utilizada na preparação do cólon antes de uma colonoscopia. Embora seja relativamente segura quando administrada corretamente, a sua inalação acidental pode provocar edema pulmonar, síndrome de dificuldade respiratória aguda (SDRA), falência multiorgânica e até a morte. É, por isso, fundamental ter extrema precaução ao administrar este produto através de sondas nasogástricas ou orogástricas, assegurando a sua correta colocação. No entanto, neste caso, o paciente regurgitou e aspirou uma pequena quantidade do líquido.
Inicialmente, o cão não apresentou sintomas, mas rapidamente desenvolveu hipoxemia. Nestes casos, a utilização da sucção broncoscópica e da lavagem das vias aéreas torna-se crucial, tendo o paciente sido tratado de imediato.
A broncoscopia permitiu a visualização direta das vias respiratórias do cão e a realização de uma sucção precisa do líquido espumoso e transparente que obstruía parcialmente a traqueia e outras vias aéreas, além de possibilitar uma lavagem completa.
Este estudo não só sublinha a importância de administrar PEG com o máximo cuidado, como também evidencia a utilidade da endoscopia no tratamento de eventos adversos ou intoxicações em animais de companhia.
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