Como medir corretamente a temperatura de um cão: Métodos e conselhos práticos

Como medir corretamente a temperatura de um cão: Métodos e conselhos práticos

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A febre pode ter várias causas, sendo um dos principais mecanismos de defesa do organismo. Trata-se de uma resposta regulada pelo sistema imunitário, que eleva a temperatura corporal como estratégia para dificultar a sobrevivência e a replicação de agentes patogénicos.

Neste artigo, explicamos-te como medir corretamente a temperatura de um animal e quais as principais diferenças entre febre e hipertermia.

Qual a temperatura normal dos cães? 

É importante ter em conta que a temperatura corporal dos cães é diferente da dos humanos. A temperatura normal varia entre os 37,5 °C e os 39 °C. Após o exercício físico, pode atingir os 40,0 °C sem que isso signifique febre. No entanto, valores superiores a 41 °C podem indicar infeção ou doença e são considerados perigosos.

Como medir corretamente a temperatura?

Para medir a temperatura a um cão, utiliza-se um termómetro digital introduzido no reto. Não é possível avaliar a temperatura apenas tocando no nariz ou nas patas.

Aqui ficam algumas recomendações:

  • Mede sempre a temperatura com o animal em repouso, pois a atividade física pode alterar os valores.
  • Lubrifica o termómetro com vaselina para facilitar a introdução e reduzir o desconforto.
  • Levanta suavemente a cauda do cão ou desvia-a para o lado. Introduz o termómetro entre 1,5 e 2,5 cm no reto, ajustando conforme o tamanho do animal.
  • Se o cão estiver agitado ou nervoso, pede ajuda a outra pessoa para o segurar com segurança. Nestes casos, desaconselha-se que o tutor o faça sozinho, especialmente sem experiência, para evitar acidentes ou medições incorretas.
  • Aguarda que o termómetro apite ou indique no visor que a leitura está concluída, o que normalmente demora entre 1 a 2 minutos.

Diferenças entre febre e hipertermia 

A hipertermia é definida como uma elevação anormal da temperatura corporal acima dos valores fisiológicos, causada por produção excessiva de calor, exposição prolongada a temperaturas elevadas ou dificuldade do organismo em dissipar o calor de forma eficaz.

Ao contrário da febre – que é uma resposta regulada pelo hipotálamo perante a presença de pirógenos –, na hipertermia não há reajuste do ponto de regulação térmica, mas sim uma falha nos mecanismos de termorregulação.

Uma das formas mais graves de hipertermia é o golpe de calor, uma emergência clínica que pode colocar seriamente em risco a vida do animal se não for tratada com rapidez e eficácia.

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